A eficácia (dé 德) manifesta-se espontaneamente pela influência do
vento-sopro invisível (qì氣)
no pensador que grava os sinais
chineses portadores de significados plenos e vazios, na ocorrência de um
funcionamento de correlação e sintonia (gǎnyìng 感 應)
: o processo relacional, a via , o dào (道),ou a propensão com aquele que por um procedimento
de incitação e resposta estabelece a harmonia com o dào do céu, ou seja,
a regulação da vida, como ocorre no percurso dos astros, na continuidade e
variação do qì das estações do ano.
O homem se sintoniza com o céu, a
norma da realidade profunda.
Não há criação poética, nem tampouco há um criador
poético, nas escrituras de sabedoria chinesa. Há apenas a propensão, o curso
espontâneo daquele que faz da sua mão a extensão do centro vital no meio do
peito.
Vazio (noção de yīn 陰 do yīn yáng) e pleno (noção do yáng 陽 do yīnyáng), duro e mole, escondido e
aparente, invisível e visível, sempre num constante (cháng常) trânsito entre as partes em sintonia
harmônica nesse percurso, como os tubos sonoros chineses antigos, que ao
soarem, ressonam, fazem eco, como na música pentatônica clássica chinesa.
Os textos originais em chinês ou Clássicos Chineses, por exemplo Laozi Dao DeJing, ou "Clássico da Via e da Eficiência", bem como os Clássicos de Medicina Chinesa, por exemplo "Clássico Interno do Imperador Amarelo"(Huang di Nei Jing) foram escritos seguindo essa tradição. Como também foram escritos de propensão na caligrafia do período dos Tang na china: Shi Tao,Li Bai, Tu Fu, Wang Wei.
Atualmente, no Ocidente têm-se calígrafos que fazem shufa como na França, o Acadêmico da Academia Francesa de Letras e pensador taoísta, o Prof. Dr. François Cheng, o Prof. Dr. Orley Dulcetti Junior, no Brasil. Laoshi taiwaneses no Brasil como o Prof. Chiu Si Yuan, a Profa. Liao (Julia) são exímios calígrafos e mestres do prof. Dulcetti.
São livros que serviam e servem de guia para o ensino e a prática de se manter o Equilíbrio Yinyang e dos cinco movimentos pelas Artes de Manter a Vida, medicina chinesa, acupuntura, escrita chinesa (shufa),alimentação, plantas, chás, tao yin (movimentos dos cinco animais).
Assim, os chineses veem o mundo, um único mundo visível-invisível,
imanifestado-não manifetado, não-denso de sopro (qì) e denso de qì. Inseparáveis e interdependentes num
movimento de animação da vida na alternância do yīnyáng do qì.
A título de ilustração Serão apresentados a propensão da escrita chinesa shūfǎ 書法 (vulgo: poema sob caligrafia chinesa), porém aqui está digitalizado o caractere chinês e sob forma de cotejo os caracteres
clássicos (tradicionais) e completos, juntamente, com a tradução para o idioma
português e transliteração em pīnyīn, da autoria do Prof. Dr. Orley Dulcetti Junior.
O Prof. Dr. Orley Dulcetti Junior é dentista, acupunturista, sinólogo, PhD. Faz atendimento de acupuntura e ministra cursos em diversas áreas das diversas culturas do Oriente e do Ocidente.
Contatos: (11) 9.76687171 ou e-mail: ibraho@uol.com.br
Para saber mais sobre a propensão chinesa na escrita:
DULCETTI JUNIOR, Orley.Disponível:
http://www.abhr.org.br/plura/ojs/index.php/plura/article/view/600. Acesso 01 de Fevereiro de 2015
JULLIEN, François. Procès ou Création. Seuil, 1989.
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