A
estratégia do viver pelo tao ou pela
sabedoria da China Antiga faz parte do desdobramento da tese de doutorado do
Prof.Dr.Orley Dulcetti Junior[1].
A
vida apresenta vários fatores de conflitos internos e externos à pessoa numa
diversidade de episódios que geram sofrimentos, insatisfações, dificuldades no
relacionamento e na comunicação no âmbito pessoal, das amizades, familiar,
profissional do empresário e do funcionário e seus intercâmbios hierárquicos, do
profissional com o cliente e na esfera educacional. Entretanto, desta maneira,
nem sempre se consegue o que se quer obter, ou se chegar a termo nas relações nessas
condições. Costuma-se pensar em atingir o tão desejado sucesso na vida, ou,
então, a felicidade. Procuram-se soluções superadas, que muitas vezes não
permitem obter resultados satisfatórios. Isso é muito costumeiro. Então é
preciso mudar! Como? A proposta da estratégia do viver traz soluções que
viabilizam novas possibilidades de se obter soluções eficientes.
Vive-se
numa cultura globalizada que se mantém seus usos e costumes locais, de modo
que, o que se aprendeu rendeu-se a uma conquista, “uma luta do dia-a-dia”. Como
no jargão do encontro de uma pessoa com a outra que ao se cumprimentar, se
entreolham e uma diz assim para a outra - Como vai a vida? E, se responde: “na
batalha”, lutando pela sobrevivência.
São
frutos dos conflitos internos inerentes aos primórdios da humanidade, esses são
princípios provenientes dos longínquos antepassados. Consciente ou inconscientemente
nós os remontamos dentro de nós mesmos.
Para
a solução dos conflitos o homem procurou estratégias desenvolvidas no mundo
Ocidental, desde a antiguidade até os dias atuais pautaram-se nos filósofos gregos
e em outros, na estratégia do guerreiro, do herói, do general estrategista e
tática militar, política e conquistas.
A
proposta é da estratégia da condição propícia ou favorável. Aguardar o momento da
maior eficiência (de, em chinês) de
atitude, enquanto se age sem interferir. Em síntese é atuar transformando
silentemente, mentalmente. Então, o não-agir (wuwei,em chinês) é agir no silêncio. Pensa-se não um ou outro, mas
um e outro e desdobrando-se o processo de transformação olhando-se os dois
lados, considerando-se a inclusão, sem a exclusão costumeira. Assim, na
modificação da situação atinge-se o momento apropriado da operação no concreto.
Não se busca a felicidade como no Ocidente, mas, sim a harmonia e a sintonia
consigo, entre as pessoas e com o mundo, de acordo como está nos ensinamentos da
sabedoria antiga da China.
A
sabedoria do tao na estratégia do viver, o Prof. Dulcetti Junior trouxe das traduções
e da vivência do saber da China Antiga, dos pensadores e sábios
estrategistas, como o Kong zi, o Zhuang zi, o Lao zi, todos que foram pensadores
do tao, da via, ou o processo, o funcionamento
espontâneo da vida. A título de exemplo, pode-se citar o
comentário do Lao zi, no capítulo 68: pode-se tirar o maior proveito da
situação, quando o melhor guerreiro não é agressivo, mas capaz de derrotar o inimigo.
Pois, não entra em batalha com ele. Ele vai tirar proveito da situação não numa
condição fixa de previsão, mas numa condição estratégica de consideração de
ambos os lados, analisar o fácil e o difícil, para então pelo fácil atingir o
seu objetivo. Mas, também, consideram-se o Sunzi e Sun Bin, que durante muitos anos,
até o século vinte foram mal traduzidos e mal interpretados, eles foram incorporados
à uma visão europeia judaico-cristã, globalizada, etnocêntrica, também, americanizada (os EUA).
Numa
interpretação obtida da tradução bem orientada pós-colonialista, a opinião que
se aconselha é a que o tradutor estabeleça o diálogo entre o antigo com o
presente, no atual mundo globalizado, pelas traduções que são transportadas sem
borragem, como num papel carbono.
Exposto
isto, o sinólogo clássico, Dulcetti (estudioso da cultura, escrita e idioma
antigo da China Clássica) considera que, o tradutor é o portador da ética e da
abertura para novas possibilidades, de outras formas de pensamentos
estratégicos, para se chegar a conseguir obter uma vida melhor de harmonia
pessoal interna e externa, entre as pessoas e o mundo em que vive.
[1]
O
Prof.Dr. Orley Dulcetti Junior é brasileiro, empresário, sinólogo, cientista das religiões (PhD).
Ele é uma personalidade internacional. Faz conferências e comunicações no
Exterior e no Brasil. Membro da Association Française d’Etudes Chinoises, Ele traduz
textos clássicos, de sabedoria chinesa e de medicina da China antiga. Também,
ele é um estudioso de trocas interculturais, educador e praticante há mais de 30 anos de medicina chinesa e acupuntura. Além disso, ensina e faz consultoria,
aconselhamentos às pessoas, empresários, clínicos, famílias, instituições de
ensino para se obter melhor rendimento, melhorias no interior e exterior das
pessoas, bem como, nas relações pessoais, na produtividade e obtenção de
sucesso.
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