sexta-feira, 27 de junho de 2014

A Estratégia do Viver no Mundo Atual pela Sabedoria Antiga da China


A estratégia do viver pelo tao ou pela sabedoria da China Antiga faz parte do desdobramento da tese de doutorado do Prof.Dr.Orley Dulcetti Junior[1].

A vida apresenta vários fatores de conflitos internos e externos à pessoa numa diversidade de episódios que geram sofrimentos, insatisfações, dificuldades no relacionamento e na comunicação no âmbito pessoal, das amizades, familiar, profissional do empresário e do funcionário e seus intercâmbios hierárquicos, do profissional com o cliente e na esfera educacional. Entretanto, desta maneira, nem sempre se consegue o que se quer obter, ou se chegar a termo nas relações nessas condições. Costuma-se pensar em atingir o tão desejado sucesso na vida, ou, então, a felicidade. Procuram-se soluções superadas, que muitas vezes não permitem obter resultados satisfatórios. Isso é muito costumeiro. Então é preciso mudar! Como? A proposta da estratégia do viver traz soluções que viabilizam novas possibilidades de se obter soluções eficientes.

Vive-se numa cultura globalizada que se mantém seus usos e costumes locais, de modo que, o que se aprendeu rendeu-se a uma conquista, “uma luta do dia-a-dia”. Como no jargão do encontro de uma pessoa com a outra que ao se cumprimentar, se entreolham e uma diz assim para a outra - Como vai a vida? E, se responde: “na batalha”, lutando pela sobrevivência.

São frutos dos conflitos internos inerentes aos primórdios da humanidade, esses são princípios provenientes dos longínquos antepassados. Consciente ou inconscientemente nós os remontamos dentro de nós mesmos.

Para a solução dos conflitos o homem procurou estratégias desenvolvidas no mundo Ocidental, desde a antiguidade até os dias atuais pautaram-se nos filósofos gregos e em outros, na estratégia do guerreiro, do herói, do general estrategista e tática militar, política e conquistas.

A proposta é da estratégia da condição propícia ou favorável. Aguardar o momento da maior eficiência (de, em chinês) de atitude, enquanto se age sem interferir. Em síntese é atuar transformando silentemente, mentalmente. Então, o não-agir (wuwei,em chinês) é agir no silêncio. Pensa-se não um ou outro, mas um e outro e desdobrando-se o processo de transformação olhando-se os dois lados, considerando-se a inclusão, sem a exclusão costumeira. Assim, na modificação da situação atinge-se o momento apropriado da operação no concreto. Não se busca a felicidade como no Ocidente, mas, sim a harmonia e a sintonia consigo, entre as pessoas e com o mundo, de acordo como está nos ensinamentos da sabedoria antiga da China.

A sabedoria do tao na estratégia do viver, o Prof. Dulcetti Junior trouxe das traduções e da vivência do saber da China Antiga, dos pensadores e sábios estrategistas, como o Kong zi, o Zhuang zi, o Lao zi, todos que foram pensadores do tao, da via, ou o processo, o funcionamento espontâneo da vida.  A título de exemplo, pode-se citar o comentário do Lao zi, no capítulo 68: pode-se tirar o maior proveito da situação, quando o melhor guerreiro não é agressivo, mas capaz de derrotar o inimigo. Pois, não entra em batalha com ele. Ele vai tirar proveito da situação não numa condição fixa de previsão, mas numa condição estratégica de consideração de ambos os lados, analisar o fácil e o difícil, para então pelo fácil atingir o seu objetivo.  Mas, também, consideram-se o Sunzi e Sun Bin, que durante muitos anos, até o século vinte foram mal traduzidos e mal interpretados, eles foram incorporados à uma visão europeia judaico-cristã, globalizada, etnocêntrica, também, americanizada (os EUA).  

Numa interpretação obtida da tradução bem orientada pós-colonialista, a opinião que se aconselha é a que o tradutor estabeleça o diálogo entre o antigo com o presente, no atual mundo globalizado, pelas traduções que são transportadas sem borragem, como num papel carbono.

Exposto isto, o sinólogo clássico, Dulcetti (estudioso da cultura, escrita e idioma antigo da China Clássica) considera que, o tradutor é o portador da ética e da abertura para novas possibilidades, de outras formas de pensamentos estratégicos, para se chegar a conseguir obter uma vida melhor de harmonia pessoal interna e externa, entre as pessoas e o mundo em que vive.










[1] O Prof.Dr. Orley Dulcetti Junior é brasileiro, empresário, sinólogo, cientista das religiões (PhD). Ele é uma personalidade internacional. Faz conferências e comunicações no Exterior e no Brasil. Membro da Association Française d’Etudes Chinoises, Ele traduz textos clássicos, de sabedoria chinesa e de medicina da China antiga. Também, ele é um estudioso de trocas interculturais, educador e praticante há mais de 30 anos de medicina chinesa e acupuntura. Além disso, ensina e faz consultoria, aconselhamentos às pessoas, empresários, clínicos, famílias, instituições de ensino para se obter melhor rendimento, melhorias no interior e exterior das pessoas, bem como, nas relações pessoais, na produtividade e obtenção de sucesso.

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